Seguindo este mesmo roteiro cliche, esperei a data certa para tal mudança. O dia veio, aliás, eu tinha me programado para a entrada triunfal neste dia 17/07 mesmo (maquiavélica né?).
O dia D chegou e eu me preparei para ele, afinal, esperava uma batalha violenta entre minhas iguais. Na verdade, uma batalha sangrenta entre mulheres, sem regras e sem acordos internacionais de guerra justa. Existe? .
Guerra, apocalípse, duelos intermináveis, jogos de estratégia, boa posição no campo de batalha, momento certo para um eventual ataque surpresa, afinal a inimiga é experiênte nesta guerra de vulgaridade.
Comecei cedo minha sutil transformação, não teria por perto as armas do milagroso photoshop, na hora H teria que ser comigo mesma, eu deveria ter minhas próprias munições.
Corte de cabelo, uma leve "relaxada" (na mesma semana havia criticado o uso dele), perfume importado (original viu?), baton, meia, sapato novo, unhas vermelhas e para finalizar um vestido. Como ele faz a diferença em quem é uniformizada com o velho e gostoso jeans.
Frio? Mulher não tem sensação térmica. No frio ela sente calor e no calor, ela morre de frio. Tudo depende do que estará vestindo. Dor nos pés??? Não existe!!!
Encaminhei para o campo de batalha, esperando encontrar minhas inimigas entrincheiradas em uma mesa, debaixo da luz fraca do bar.
Para minha surpresa, o inimigo não compareceu, não me interessei saber porque, gostei de ter dominado sem resistência, o nosso interesse em comum.
Entrada triunfal? Sim, houve uma sim, a minha e a surpresa já esperada: mulher nota mulher, nota as diferenças, o algo mais que nosso instinto percebe sem mais ninguém perceber. O alvo da disputa? Não sei, até hoje não sei se ele viu.
É a pergunta que não quer calar e um dia perguntarei para ele se ele viu.
Estou me preparando, outras batalhas irão se travar, apenas não sei em qual campo desta vez.