A mão que tocou Bono.

Tudo começou em 01/12/10, primeiro dia de vendas de ingressos para o maior espetáculo da terra: um show do U2. O que aconteceu no intervalo entre o dia 01/12 até o dia 12/04/11 foi rapidamente esquecido: decepções, raivas, desgosto, mágoas, muitas mas muitas lágrimas derramadas. Naquele dia 12/04 eu me perguntei: pq eu perdi tanto tempo e não dei crédito a Deus? Nestes 4 mese, fui ao fundo do poço e me senti lá até as 23:30hs do dia 12/04. Acho que dia 12/04 foi o último dia em que chorei por algo que não valeu a pena. Chorei sim, pelo presente Divino que ganhei. Eu mereci ganhar. As 18:00hs deste dia, eu, Mônica e Amanda resolvemos ir ao estádio do Morumbi ver como estavam as pessoas, ver o movimento de fãs. Antes tínhamos ido ver de perto a exposição de fotos do u2. Almoçamos na Paulista e partimos, sem saber, ao encontro do que seria o dia D de nossas vidas, pelo menos da minha foi. Ao chegarmos lá, encontramos um grupo de fãs no portão 01, onde supostamente eles entrariam, e foi lá mesmo que eles passaram para a "passagem" de som. Só que Deus foi caprichoso e resolveu testas nossa resistência e mandou uma "tromba" d'água. A pequena capa que comprei as pressas me molhou mais do que me protegeu, aliás, todos nós estávamos mais molhados do que se estívessemos sem capa. Foi uma chuva severa, com tudo que ela podia ter: raios, trovões, enxorradas. Só que ficamos lá, solitários (muitos desistiram) e molhados. Fomos aconselhados pela própria banda a irmos para casa pois ficar lá representava perigo. Só que fã não desiste e resovemos apostar. Seis horas se passaram e neste intervalo, a chuva parava e as esperanças deles sairem para falar com quem ficou aumentava. Os seguranças oraganizavam para a saída e logo voltava a chover. Novamente nossas esperanças iam embora junto com a enxorrada. Quando faltava pouco para meia noite, o portão abriu e um carro vermelho saiu e em seguida organizaram a saída de alguém. Quando os batedores da polícia sairam, sentimos que em seguida seríamos compensados com um aceno dele de dentro do carro. Só que o melhor estava reservado. O carro que trazia Bono parou e parou na minha direção. Pensei: obrigada Deus, ele vai acenar da janela....mas a porta abriu e eu vi ele lá dentro, olhando para nós com um sorriso pequeno, contido e do nada ele colocou a perna para fora do carro. Neste exato momento meu coração veio literalmente na boca e engoli com força para ele não me abandonar. Bono saiu do carro e eu comecei a gritar e sapatear e gritar: ELE VAI SAIR DO CARRO!!! Com muita sabedoria, Amanda falou: Cris, não grita, agora não, agora não, ele não gosta de gritaria!!!! Bono veio em nossa direção com a mão estendida generosamente. Falou com cada um com muita gentileza e educação. Na hora eu pensei: ele vai me pular, ele não está me enxergando...mas quando percebi ele estava na minha frente com a mão em minha direção. Estendi a minha, molhada, enxarcada de chuva e a mão dele quentinha, macia aqueceu tudo. Na hora lembrei dos anos que eu passei ouvindo aquela voz me consolando nas horas de tristeza, lembrei dos últimos 4 meses de amargura mas principalmente celebrando comigo os momentos de felicidade. Tudo estava resumido naquele momento em que Bono parou na minha frente e tudo perdeu a importância. Naquele momento entendi o que tinha acontecido comigo, e principalmente o porque tudo tinha acontecido. Estava tudo escrito, eu teria o que muita gente sonha em ter: o toque de Bono, o contato físico. Senti toda a energia de Bono e toda seu amor por quem resistiu durante 6 horas de chuva torrêncial. No fim, ele agradeceu nosso esforço. Eu que agradeço Bono. Agradeço por vc fazer parte da minha vida. Algumas pessoas passam mas quem é especial como vc, permanece. Agradeço a Deus pelo presente. Em seguida, veio The Edge...só posso dizer que a sensação é diferente, mas que é tão maravilhosa quanto apertar a mão do Bono.

Realizei um sonho. Estou feliz!

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